
Como transformar ambições pessoais em conquistas coletivas
No trabalho, cada pessoa carrega suas próprias ambições. Tem quem queira ganhar experiência para turbinar o currículo, quem sonhe em...
Imagine uma reunião de equipe em plena segunda-feira. De um lado, João, 59 anos, com mais de três décadas de experiência no setor logístico, acostumado ao bom e velho Excel (versão 2007, porque “nunca deu problema”). Do outro, Luana, 24 anos, recém-chegada ao time, multitarefas, com três abas do ChatGPT abertas, TikTok rodando em segundo plano e planilhas automatizadas via IA na nuvem. Em um primeiro momento, o “jeitão” dos dois parece colidir. Mas, na prática, essa diversidade etária pode ser um verdadeiro superpoder corporativo.
A mistura de gerações no ambiente de trabalho — da Baby Boomer à Geração Z — tem sido apontada como um dos maiores trunfos para inovação, criatividade e performance organizacional. Segundo uma pesquisa da Harvard Business Review, equipes intergeracionais tendem a ser 21% mais produtivas, especialmente quando contam com uma liderança que valoriza a troca de experiências e conhecimentos.
Mas afinal, o que cada geração traz para a mesa?
Baby Boomers (nascidos entre 1946 e 1964) trazem a experiência, o pensamento estratégico e a resiliência adquirida em décadas de mercado. São os famosos “pé no chão”, que costumam dizer coisas como “isso aqui não é novidade pra mim”. E geralmente estão certos.
Geração X (1965-1980) costuma ser o elo entre as gerações, combinando a disciplina tradicional com abertura à tecnologia. É a turma do “manda por e-mail”.
Millennials ou Geração Y (1981-1996) cresceram junto com a internet e estão sempre prontos para uma call rápida ou um brainstorming em mural colaborativo. Adoram dizer “vamos agilizar isso” — mesmo que a solução leve três reuniões.
Geração Z (1997-2010) é digital de nascença, fluente em memes, inteligência artificial e ferramentas que os mais velhos nem sabiam que existiam. São rápidos, criativos e impacientes com burocracias. Se algo é muito lento, o comentário vem: “isso aí é cringe demais”.
Essa diversidade não é apenas um mosaico curioso de comportamentos, ela traz resultados concretos. Um estudo da Deloitte revelou que empresas com equipes multigeracionais apresentam maior capacidade de inovação e retenção de talentos, justamente porque promovem um ambiente mais colaborativo, em que todos sentem que têm algo a contribuir. Além disso, a PwC, uma rede global de firmas de consultoria e auditoria, aponta que 85% dos profissionais acreditam que equipes diversas geracionalmente ajudam a resolver problemas de forma mais eficaz, já que combinam o conhecimento técnico consolidado com abordagens mais ágeis e disruptivas.
Claro, esse mix também tem seus desafios: conflitos de comunicação, diferenças de valores e ritmos distintos de trabalho. Mas com cultura organizacional clara, empatia e canais abertos de diálogo, o que poderia ser uma Torre de Babel se transforma em uma verdadeira torre de inovação.
No fim das contas, o sucesso dessa mistura está em reconhecer que não existe certo ou errado entre “quem gosta de protocolo” e “quem resolve tudo via áudio de WhatsApp” (não se usa mais Zap, hein?!). Existe sim a oportunidade de aprender, crescer e entregar mais valor juntos. Como diria o pessoal das antigas: “duas cabeças pensam melhor que uma”. E, se forem de gerações diferentes, melhor ainda.
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